Não lembro se quando falei eu dormia
Talvez ate agora seja sonho
Alguém me despertou. Isso é um sonho que sonho faz algum tempo
A contradição é a única coisa que me faz acreditar que estou vivo
Tudo diz muito
E as entrelinhas movem uma força de oposição ao discurso
Cada impressão, cada pausa, velocidades, narração. Tudo tem três pontos finais
Que deixa meu sujeito sujeitado ao oculto
Os verbos flutuam na língua que de verdade nada se captura
Ao que conclui-se devo um adeus
E assim que me atualizo
No tempo que tenho nada faz sentido, enquanto fora dele dança a língua
-Essa portuguesa é uma grande ficção e não entende nada de mim
Enquanto procuro por não ser, percebo meu corpo, meu limite, meu finito e minha única condição de real.
Felipe
lipão/fê escreveu às
12:41:00 AM -