poema de Silvia Plath
traduçao feita de ingles para portugues
Entra na gélida terra de ninguém
Cinco da manha, o vazio sem cor.
Aonde ao acordara a cabeça varre o nebuloso destino
De sulfurosas paisagens oníricas e obscuros enigmas lunares
Que pareciam, quando sonhados, querer dizer tanto
Faz-se pronto para encarar a criação já feita
De cadeiras e escrivaninhas e lençóis amarrotados de sono
Este é o reino das aparições esvanecentes
O fantasma oracular que oscila em pernas de pau
Para a lavanderia com a clássica trouxinha de lençóis
Paira como uma mão um sinal de adeus
Nesta junta entre dois mundos e dois modos de tempo totalmente incompatíveis, matéria bruta.
De nossos pensamentos feijão com arroz assume a aura
Da ambrosial revelação, e então parte.
Cadeira e escrivaninha são hieróglifos
De algum discurso divino que mentes enfraquecidas ignoram:
Então estes lençóis pousados, antes de desfazer-se a nada.
Falam em signos de um outromundo perdido, um mundo que perdemos por meramente despertar
Arrastando seus trapos somente na superfície
Franja da visão mundana, este fantasma vai.
Acenando a mão, adeus, adeus, não para baixo.
Nas entranhas rochosas da terra mas um lugar onde nossa especa atmosfera
Diminue, e só deus sabe o que há lá.
Um ponto de exclamação marca o ceu
Um laranja cintilante como uma cenoura estelar
Seu ciclo, deslocado e verde.
Suspende ao seu lado o primeiro ponto, o começo.
Ponto do Édem, perto da curva da lua nova
Vai, fantasma de nossa mãe e pai, fantasma de nós
E fantasma da criança de nossos sonhos, nesses lençóis
Que significam nossa origem e fim
Para terra do cuco de engrenagens coloridas
De arcaicos alfabetos de vacas que fazem um
E fazem um assim como saltam sobre as luas
Agora tão novos como fio de navalha em que você navega agora
Salve e adeus, ala-adeus. Custode do graal profano, o sonho de caveira.
lipão/fê escreveu às
10:41:00 PM -