Alguma coisa me toma de presente pra si
Que sou eu, mas que em mim não se registra.
Navega no meu sangue, me leva longe...
Vou a outros continentes
Em redes complexas
Na rede que balança de um lado para ou outro
As núpcias estão no meio e de quando em quando
Passo nesse entre e arrasto uma nova noiva do mesmo lugar
E pego uma lua cheia pra melar
Então alguma coisa me usa pra falar
Saltita na boca uma língua por mim já dita
Que agora não compreende-se nesse corpo
Um estranho entre eu fora de mim
Vai bem longe esse saci
Uma perna só bastou para caminhar
Pra eu viver na terra um cotidiano que eu não sei levar
Vai sonhar real beleza perverter sem malvadeza
Se apega em mim e bota humor pra criar
E os meus defuntos ele põe pra ninar
lipão/fê escreveu às
10:22:00 AM -