Ela tem uma beleza junkie
Nas rodinhas da uns pegas no beck e sempre conta que na Alemanha fumou skank.
Ela não se faz de indefesa como uma menina
Se quiser ofende-la é só chama-la de patrícia
Ela usa ornamentos punks
Ela é mau humorada, nunca se sabe se é por ressaca ou é a vida que ela acha babaca
As vezes impressiona com perversas e altas gargalhadas
É meio debochada. Menina sátira
Ela gosta de ser largada em seu delirante grito de independência
Outros a acham descolada
Diz que sua orientação sexual é pã e de rock é fã
Quando chora, ouve blues e deixa a maquiagem borrada. Tristeza cinematográfica
Com o menino de ontem o amor não deu certo, Foi mais um.
Ela na casa dos pais senta comportada na mesa
Com eles nunca se sente si mesma
Janta sem gula para completar o comportamento santa
Para o discurso de família ela abaixa a cabeça
Ela ama, mas não entende
Ela é uma ramona
Ela se sente doente
Ela é tratada como princesa mimada
Ela não retribui, diz que esta criada, mas também se sente culpada.
De casamento desencanada.
Os homens são infiéis como a mãe conta como a mãe acha
Ela compara a mãe com uma gralha
A faculdade vai levando
No futuro não pensa, não gosta de trabalho
Gosta de perder o horário
Pelo pai nunca acalentada, somente sustentada
Paga aluguel e o resto é pra balada
Ela tem insônia, fantasias noturnas
O psiquiatra se pertuba, estuda. Ela se orgulha.
Ela não se cuida
Ela escreve
Pensa um dia ter coragem para escrever como Byron
Tem covardia o suficiente para não assumir que mora no bairro
Ela quer ver o mundo parar
Hoje é quarta e vai ter festinha eletrônica
Ela vai tomar tudo
Parece querer ver a sarjeta virar fila de hospital para tomar insulina
Ela é uma menina
Ela é só nossa vizinha
lipão/fê escreveu às
11:02:00 PM -